tema iv: conhecimento -k8凯发
-
tipos de conhecimento
- conhecimento por contacto
- conhecimento prático: saber-fazer
- conhecimento proposicional: saber-que
-
filosofia dedica-se a estudo do conhecimento proposicional
- todo o conhecimento científico, filosófico, matemático é deste tipo
- os animais não parecem possuir
- é o único tipo de conhecimento diretamente transmissível
- conhecimento é o ato pelo qual o sujeito apreende ou representa o objeto
- conhecer é construir representações a partir da relação estabelecida entre o sujeito cognocente e o objeto cognoscível.
- representação: depois de apreendido, o objeto fica na consciência do sujeito, não sob a forma física, mas sob a forma de imagem.
- sujeito cognoscente: entendido como o que apreende ou representa o objeto
-
conhecimento
- sujeito apreende um objeto
- sujeito é aquele que conhece o objeto
-
gnosiologia, ou teoria do conhecimento ou epistemologia
-
é a disciplina filosófica que estuda o conhecimento, procurando esclarecer e analisar criticamente os problemas suscitados pelas relações entre o sujeito e o objeto.
-
análise fenomenológica do conhecimento
- é o metodo que permite descrever na sua pureza os fenómenos presentes à consciência com o objetivo de determinar a sua estrura, a sua essência
- considera o conhecimento em si mesmo atendendo apenas à sua estrutura essencial.
- objeto conhecido:refere-se aquilo que é suscetível de ser apreendido.
-
definição tripartida de conhecimento
-
condições neccessárias para que haja conhecimento?
- crença verdadeira justificada
-
crença: atitude de desão a uma determinada proposição, tomando-a como verdadeira
- é uma condição necessária do conhecimento, mas não é uma condição suficiente
- a verdade e a justificação da crença são outra scondições necessárias
-
trata-se de explicar e de interpretar os problemas que decorrem de uma análise denomenológica do conhecimento, e que podem ser agrupados nas seguintes questões centrais:
-
o problema da possibilidade do conhecimento; o problema da origem do conhecimento; o problema da natureza do conhecimento.
- quanto ao problema da origem, foram abordadas as teorias: empirismo, racionalismo e criticismo; quanto à possibilidade do conhecimento, analisamos o ceticismo.
- isto é, tal como ocorrem na consciência, independentemente de quaisquer preconceitos, pressupostos ou teorias explicativas.
-
contraexemplo de gettier
- revela a possibilidade de termos uma crença verdadeira justificada sem que ela corresponda a conhecimento (exemplo do principezinho)
-
fontes de conhecimento
-
conhecimento a priori
- justificado pela razão (baseia-se em juízos a priori (universais e necessários)
-
conhecimento a posteriori
- justificado pela experiência (baseia-se em juizos a posteriori (não estritamente universais, sendo contingentes)
- 1. descrição e interpretação da atividade cognoscitiva
- 1.2 análise comparativa de teorias explicativas do conhecimento
- 1.1 estrutura do ato de conhecer
-
kant
- juízos analíticos (a priori)
-
juízos sintéticos (a posteriori)
- ampliam o nosso conhecimento, pois neles o predicado não está implícito no conceito de sujeito.
-
juízos sintéticos a priori
- são universais e necessários
-
origem do conhecimento
-
racionalismo
- razão/entendimento: fonte principal do conhecimento
- conhecimento a priori
- conhecimento universal e necessário
- totalmente independente da experiência
- o modelo do conhecimento é-nos dado pela matemática
- crenças que se obtêm através dos sentidos são confusas e frequentemente, incertas
- ideias fundamentais do conhecimento são inatas
- o conhecimento descobre-se de forma dedutiva (intução intelectual)
-
empirismo
- experiência: fonte principal do conhecimento
- conhecimento a posteriori
- não existem ideias inatas
-
conhecimento encontra-se limitado pela experiência
- extensão: incapaz de ultrapassar os limites impostos pela experiência
- certeza: as certezas de que dispomos referem-se apenas àquilo que se encontra dentro dos limites da experiência
-
criticismo/apriorismo
- considera a experiência e a razão como fontes do conhecimento
- face aos racionalistas: afirma que é verdade que o sujeito traz algo de si, mas isso sem a experiência nada é.
- em relação aos empiristas: defende que o conhecimento tem origem na experiência, mas sem o entendimento nada é.
-
ceticismo absoluto ou radical
- pirro de élis- fundador do cetiscismo absoluto
- considera que é impossivel qualquer conhecimento
- nega-se que haja justificações suficientes para as nossas crenças.
- céticos positivos- apresentam boas razões através de 3 argumentos que conduzem à dúvida, levando os ceticos à suspesão do juízo (estado de neutralidade em que nada se afirma e nada se nega.
- suspensão do juízo conduz, por sua vez à ataraxia (ausência de perturbação)
-
3 argumentos céticos:
- a) divergência de opiniões
- b) ilusões e erros dos sentidos
- c) regressão infinita da justificação
-
ceticismo
-
será o conhecimento possível? será que o sujeito apreende efetivamente o objeto?
- o ceticismo, na sua forma radical, nega tal possibilidade.
- o ceticismo é uma corrente que afirma não ser possivel ao sujeito apreender, de um modo efetivo ou então de um modo rigoroso, o objeto.
-
ceticismo moderado ou mitigado
- não afirma a impossibilidade do conhecimento, antes a de um saber rigoroso.
- não podemos afirmar se um juízo é ou não verdadeiro, apenas se é ou não provável ou verosímel.
- cingem também o ceticismo em relação a determinados tipos de conhecimento
- céticos negativos
-
objeções ao ceticismo
-
ceticismo é insustentável
- posição autorrefutante, quando demonstra a sua própria falsidade
- embora possamos ter boas razões para suspender a crença relativamente a todos os assuntos é implausível pensarmos que temos razões para colocar em suspenso todas as nossas crenças em simultâneo.
-
fundacionalista/hundacionalista
- perspetiva segundo o qual o conhecimento deve ser concebido como uma estrutura que se ergue e se desenvolve a partir de fundamentos certos, seguros e indubitáveis
-
solução para o problema da regressão infinita
- crenças básicas: não necessitam de uma justificação; justificam-se a si mesmas
- crenças não básicas: são justificadas por outras crenças
-
podem ser encontradas:
- na experiência (empirismo)
- na razão (racionalismo)
- criticismo (junção das duas)
-
resposta cartesiana
- fundacionalismo cartesiano
- descartes - decide levar o ceticismo aos extremos: recorre à própria dúvida cética como instrumento para provar a impossibilidade do ceticismo
- objetivo: conhecimento seguro
- estabelecer um conhecimento seguro e indubitável - encontrar pelo menos uma crença básica que pudesse servir de fundamentos para o conhecimento
- instrumento:dúvida
- duvida de tudo o que se possa imaginar e averiguar
- dúvida metódica
- não precisa de examinar cada creça isoladamente.
-
dúvida cartesiana vs. dúvida cética
- dúvida cartesiana: não é um ponto de chegada --> o desfecho inevitável de m rigoroso processo de reflexão
- é um ponto de partida
- meio para alcançar a verdade
- considerar provisoriamente falso tudo o que é minimamente duvidoso
- universal: pode aplicar-se a tudo, pelo menos até que se encontre algo que seja absolutamente indubitável
- hiperbólica: é uma dúvida que se aplica a todos os ramos/ áreas do saber com a finalidade de encontrar uma certeza indubitável